O público 50+ torna-se cada vez mais relevante, não apenas pelo seu número expressivo, representando 25% da população brasileira, mas também pelo seu poder de compra, a denominada “economia prateada” que chega a movimentar anualmente R$ 2 trilhões no Brasil.
Mas diante desses fatos, por que as marcas tendem a falhar ao se comunicar com esse público tão cheio de potencial?
Foi isso que a pesquisa de marketing “Tsunami Prateado” apontou: 55% do público 50+ entrevistado acredita que existe uma desconexão entre as marcas e os seniores, que falta um olhar específico para seus desejos, necessidades e comportamentos.
Este ponto de vista recai sobre um problema frequente, não apenas do marketing em si, mas da sociedade em geral: o etarismo, o preconceito contra pessoas por conta de sua idade, frequentemente manifestado contra indivíduos mais velhos. Nestes casos, é comum que exista o descrédito sobre as ações de uma pessoa mais velha e que suas vontades sejam muitas vezes desconsideradas.
É preciso combater com urgência o etarismo também na forma com a qual as marcas se comunicam com seus públicos, tendo em vista que a inclusão etária é até mesmo uma questão de sobrevivência para as empresas diante do cenário demográfico brasileiro, com uma população cada vez mais idosa.
Como melhorar a comunicação com o público 50+?
Para aperfeiçoar essa relação, é preciso revisar as estratégias de marketing, incluindo mais empatia nas comunicações e mais estudos que interpretem melhor seus comportamentos, desejos, onde se encontram e como querem interagir com as marcas que interessam a eles.
Adaptar-se ao público 50+ deve ser estabelecido como um movimento contínuo, podendo, inclusive, ser facilitada por organizações que valorizem a experiência de profissionais que também sejam 50+, afinal, além de colaboradores, são consumidores e compreendem a jornada trilhada e as dificuldades encontradas na interação com marcas.
Um estudo realizado pela MV Marketing mostrou cinco setores com alto interesse na temática “longevidade e estratégias de diálogo” com o público 50+. São eles:
1. Saúde e bem-estar
2. Consultoria
3. Comunicação e marketing
4. Financeiro
5. Educação
Dentro dessa esfera, os dados da pesquisa apontam que 25% dos profissionais que buscam esse tipo de conhecimento são CEOs, presidentes e fundadores, enquanto 12% são diretores e 11% são gerentes. A maioria destes números é composto por mulheres, cerca de 66%, mostrando uma preocupação maior partindo deste gênero em relação ao etarismo.
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