Nos últimos anos, muitas marcas se esforçam para trazer a mulher real na publicidade, estampando campanhas com corpos diferentes e menos retocados possíveis, tentando representar diversas personalidades e estilos. Mas será que isso é suficiente para que elas se sintam de fato representadas?

Essa pergunta importa, pois, mesmo diante de projetos que buscam aproximar as marcas da realidade da mulher contemporânea, pesquisas apontam que apenas 43% do público feminino se sente verdadeiramente retratado em campanhas.

Um exemplo da tentativa da inclusão da mulher real na publicidade foi o projeto ShowUs, uma parceria entre a Dove, a Getty Images e a agência GirlGaze, que teve como objetivo criar um banco de imagens que ajudasse nessa transformação de padrões de beleza, aproximando marcas de uma estética mais inclusiva e diversa. Resultado: as imagens tiveram mais de 42 mil downloads, feitos por quase 4.900 empresas em todo o planeta. Os termos mais utilizados nas buscas foram: “mulher real”, “beleza natural” e “corpo positivo”, com atenção especial para novos termos como “sem retoques” e “mulher autêntica”.

No entanto, anos após a sementinha deste projeto ser plantada, o que podemos dizer que colhemos? A “mulher real” na publicidade condiz com a mulher de verdade?

A mesma pesquisa citada anteriormente mostrou que apenas 23% delas se consideram bem representadas em comunicações das empresas mais próximas, com as quais fazem negócios. Além disso, as pesquisadas relatam se sentirem discriminadas, a maioria por causa do corpo, seja pela forma física ou tamanho, enquanto outras sentem preconceito pela forma com que se vestem ou se apresentam, como roupa ou corte de cabelo.

Como adotar uma postura que retrate a mulher real na publicidade?

Antes de externalizar seu pensamento, as marcas, das grandes às pequenas, em esfera global ou regional, precisam transformar sua mentalidade de verdade, não basta que se sintam pressionadas pela opinião pública ou por leis de órgãos reguladores que as obriguem a fazer diferente. E isto começa de dentro para fora, ao saberem se comunicar internamente com as mulheres que fazem parte da instituição, através da sua cultura de trabalho, de política de igualdade salarial, flexibilidade para equilibrar vida pessoal e profissional, entre outras ações que de fato façam com que as mulheres acreditem que são respeitadas.

Quanto à publicidade voltada para o consumo e reforço de imagem, é necessário abandonar os estereótipos e objetificação comuns à figura da mulher. Explorar a diversidade da estética feminina é compreender que as consumidoras em potencial também são pardas, pretas, indígenas, idosas, pessoas com deficiência, com corpos reais, celulites, estrias, manchas, sardas, com cabelos cacheados, crespos, grisalhos e coloridos.

Além disso, é preciso explorar outros aspectos que vão além da beleza, afinal, elas devem ser verdadeiramente apreciadas e vistas por todas as suas características. A mulher também é engraçada, inteligente, prática, talentosa, forte, complexa e vai além de apenas linda, graciosa e sorridente.

Sua marca precisa transformar seu posicionamento com mais diversidade, inclusão e respeito ao feminino? A Ferver está aqui para ajudar você! Fale com a gente aqui!

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