Quando falamos em dados e criatividade geralmente imaginamos duas forças em lados opostos de um ringue: um lado racional, dos números objetivos, e o outro mais focado ao abstrato, ao mundo das artes. Mas empresas bem-sucedidas estão aprendendo que esta batalha não faz sentido. Muito pelo contrário, as duas forças precisam se dar as mãos para construir estratégias cada vez mais certeiras juntas.

A ideia pode parecer maravilhosa, mas colocar este plano em prática exige organização, pragmatismo e, claro, inteligência. Não é sobre automatizar processos por causa dos dados, mas de saber levantá-los, interpretá-los e aplicá-los de forma criativa na sua estratégia de Marketing. Neste post indicamos alguns passos que podem explicar melhor este processo:

1. Utilize os dados para conhecer o seu público

Muitas empresas acham que conhecem o seu público quando na verdade têm uma visão muito genérica e até estereotipada dele. O resultado disso são campanhas genéricas e pessoas que não se sentem representadas na publicidade. Entender como os dados podem ajudar a melhorar esta representatividade é apenas o primeiro passo.

Para isso são necessárias pesquisas de audiência, estilo de vida e até mesmo interesses além da área de atuação daquela marca. Sim, um dos principais erros é direcionar completamente a pesquisa ao segmento do seu produto e serviço. Estas informações são importantes, é claro, mas saber somente isso limita muito as suas possibilidades de comunicação com o seu público.

2. Entenda quais dados são relevantes

Depois de levantar o máximo de informações possíveis sobre o seu público comece a interpretar este monte de dados que foram reunidos. Você pode perceber vários subgrupos do seu público por causa de semelhanças no estilo de vida, interesses e hábitos de consumo, por exemplo.

Tente não deixar nada passar, até aquelas informações que podem parecer banais. Nesta etapa a tecnologia pode automatizar o processo e dar insights que nem sempre os humanos percebem.

Por exemplo, a marca Olay Skin Care, de produtos para cuidados com a pele, descobriu que o seu público é fã de jogos de futebol e filmes de terror baseada em dados do Google e Youtube. Uma informação que muitos gestores ignorariam por não ter relação ao produto, mas que pode dar mais subsídio à equipe criativa.

3. Dados são a munição da criatividade inteligente

O que a marca fez com as informações sobre futebol e filmes de terror? Investiu em anúncios próximos a estas linguagens, gerando identificação com o público de uma forma criativa e com um recall muito maior do que os concorrentes que continuaram com seus anúncios genéricos.

Nesta etapa as tecnologias e automações precisam dar espaço à perspicácia e criatividade humana, que terá muito mais embasamento para ser mais ousada nas campanhas. O público gosta e costuma se lembrar do que é diferente. Com as informações certas, a marca pode oferecer isso e ainda criar uma identificação mais rica com o seu mercado.

4. Garanta que a sua segmentação esteja personalizada

Outro ponto importante ao se comunicar com o público de forma criativa é saber qual mensagem vai funcionar com cada público. Com tantas variáveis, é bem provável que uma marca identifique diversos nichos dentro do seu público e é importante se comunicar com cada um deles de forma personalizada.

Mas calma! Isso não significa que você precisa encabeçar campanhas completamente diferentes apenas para atingir cada um destes nichos. Pode ser possível fazer ajustes sutis na mensagem, imagem e distribuição dos anúncios, mantendo uma unidade e ainda assim se comunicando com diferentes públicos de forma personalizada.

Leia também: Segmentação do público: O que fazer para não sabotar sua campanha

5. Dados não limitam, eles expandem

É preciso acabar com o preconceito que existe em torno do levantamento de dados objetivos, principalmente por parte das equipes de criação. O potencial criativo do ser humano é algo que ainda não pode ser substituído por robôs, se é que um dia vai ser. Cabe aos humanos criativos se aproveitarem destas informações para irem além. Se bem utilizados, dados não limitam. Eles proporcionam um mundo muito mais amplo de possibilidades e o melhor: com embasamento para isso.

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