Que os hábitos de consumo mudaram durante a pandemia você já sabe muito bem. Medidas de distanciamento e precauções quanto ao próprio vírus alteraram o jeito de fazer compras ao longo de aproximadamente dois anos. Mas se fosse para estabelecer um antes e depois da covid-19, como poderíamos definir o consumidor pós-pandemia?
É importante destacar que pós-pandemia não significa que ela tenha ficado para trás. Ainda é preciso estar alerta à possibilidade de mutações, novas altas nos casos e compreender quais serão as necessidades vacinais nos próximos anos. O pós-pandemia se refere justamente a essa linha que separa a nossa vida em antes e depois da covid.
Dividindo os grupos de consumidor pós-pandemia
Com isso bem-definido, chega a hora de identificar os novos grupos de consumidores que surgiram neste novo cenário. Os principais parâmetros que foram utilizados pelo Google para identificar estes consumidores foram:
– Polarização econômica;
– Nova configuração do trabalho;
– Prolongamento do isolamento social;
– Instabilidade política global.
Sim, nem tudo é apenas sobre a covid, mas sobre os desmembramentos da crise sanitária desencadeada em todo o mundo. E é por isso que empresas dos mais variados segmentos devem estar atentas a esta nova realidade e compreender o que estes grupos querem.
1. Os otimizadores de cada dia
Estes consumidores são aqueles que buscam estabilidade e segurança financeira. São aqueles que buscam otimizar tempo, recursos e que evitam desperdícios a todo custo. Eles não têm medo de experimentar uma solução nova se isso se mostrar mais eficiente, prático e sustentável.
Para atender este público, proporcione e comunique soluções que valorizem a praticidade e o bolso do consumidor. Algumas estratégias mais certeiras com essas pessoas envolvem clubes de assinatura, recompra programada, reutilização e revenda.
2. Os reinventores da realidade
Muito mais do que a galera do “novo normal”, estes reinventores são aquelas pessoas que se mostraram mais resilientes através do desenvolvimento de novas habilidades, identificando aptidões e encontrando oportunidades para o dia a dia que antes nem se imaginava. Sabe a história do profissional que se tornou um empreendedor em meio à crise? Ele pode ser considerado um reinventor da realidade.
Essas pessoas se adaptam mais rápido que as demais a situações indesejadas, valorizam a cocriação, o aprimoramento de rotinas e a reacomodação de ideias e recursos. As marcas podem chegar a este cliente empoderando-o através de novas experiências de compra e interação. Algumas estratégias são: customização de produtos, cocriação, gamificação, realidade virtual, produtos que aprimorem a rotina e investindo em diferentes canais que facilitem a compra.
3. Os caçadores de bem-estar
Você se pegou querendo cuidar melhor de si, da casa ou fortalecer suas relações durante a pandemia? Então você tem um caçador de bem-estar dentro de si. Ações que podem definir o que essas pessoas buscam são: desestressar, escapar, higienizar e socializar.
Para alcançar esses consumidores, as empresas podem oferecer produtos que facilitem a reconexão e valorizem o bem-estar de diferentes maneiras. Eles tendem a buscar produtos e serviços que façam parte de um ritual de ficar em casa, que foquem na qualidade do sono e da saúde, além de produtos portáteis para a vida ao ar livre.
4. Os ativistas coletivos
Essas são as pessoas que estão desacreditadas com as instituições e apostam na mobilização coletiva como ferramenta de transformação. Elas se importam com representatividade, preservação e descentralização.
Os consumidores ativistas coletivos vão além dos produtos e serviços oferecidos pelas empresas, preocupando-se com os valores defendidos e praticados por elas, principalmente em relação a responsabilidade social e ambiental. Também se importam com a valorização do consumo local, pautas ambientais e apoio à diversidade.
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