Você provavelmente já ouviu que “duas cabeças pensam melhor do que uma”. De forma bem simplificada, este é o princípio por trás do Crowdsourcing. Apesar do nome difícil, nada mais é do que a construção coletiva de conhecimento, soluções e até mesmo conteúdo.
O termo é relativamente recente, utilizado pela primeira vez em 2006. Apesar do conceito ser bem antigo, a Internet tem tornado possível esta troca de ideias e da participação coletiva em prol de algo maior. Basta ver a quantidade de pessoas que mandam vídeos e fotos que vão passar no noticiário, artigos escritos a várias mãos (ou teclados) na Wikipédia, motoristas compartilhando informações de trânsito em aplicativos e até mesmo pessoas trocando os hotéis por casas e quartos de pessoas comuns. Tudo isso é uma manifestação de crowdsourcing.
Como isso se aplica na minha empresa?
Em boa parte dos empreendimentos as tarefas são bem divididas: há o pessoal do administrativo, do financeiro, da produção, do marketing e por aí vai. Cada um é responsável por determinadas tarefas. Mas será que todas elas possuem uma visão abrangente do negócio?
Se você colocasse todas elas em uma sala para falarem sobre ideias e para o negócio, provavelmente se surpreenderia. Talvez o pessoal do atendimento ao consumidor tenha uma sugestão que possa ser aproveitada pelo pessoal do desenvolvimento, enquanto o pessoal da produção pode ter uma boa ideia de como aliviar as planilhas do financeiro.
E aqui estamos falando apenas da equipe, do seu público interno. Mas o crowdsourcing pode ser bem mais abrangente e incluir o seu cliente. Um exemplo amplamente divulgado foi o concurso para o desenvolvimento de novos sabores da batata Ruffles. Em escala menor, não precisa ser uma ação tão grandiosa. Basta prestar mais atenção e levar adiante algumas das reclamações e sugestões levantadas pelos clientes.
Crowdsourcing na prática
Confira abaixo alguns exemplos para construir conhecimento de forma coletiva na sua empresa:
Canais internos de comunicação: em empresas com muitos funcionários é muito difícil que todas as pessoas se conheçam e tenham a possibilidade de trocar conhecimento. Por isso, invista em canais que permitam este tipo de troca. Eles podem ser informativos internos, redes sociais internas (plataformas como Yammer ou até mesmo grupos restritos no Facebook ou WhatsApp) e eventos que permitam esta troca. Desta forma cada pessoa que faz parte da empresa ganha voz e pode ajudar em setores que não digam respeito ao que ela trabalha.
Pesquisas com clientes: quem utiliza o seu produto ou serviço certamente tem algo a dizer em relação a ele. Ao contar com este feedback dos clientes você pode descobrir como deixar o seu produto ainda melhor e o seu público cada vez mais satisfeito. Mesmo que a sua solução seja um sucesso, não se esqueça que o comportamento do seu cliente pode mudar, por isso, esteja sempre disposto a se adaptar a ele.
Dê voz ao seu cliente: não é preciso fazer um concurso de proporção nacional para incluir o seu cliente no processo. Pequenas ações fazem com que ele se sinta parte da marca. Incentive o compartilhamento de material relacionado a sua marca nas redes sociais e recompense quem contribuir para o aprimoramento da empresa.
Leve reclamações e sugestões a sério: para um cliente não há nada pior do que a sensação de reclamar e não ser ouvido. Pode ser esta a gota d’água que o empurre para o seu concorrente. Por isso, crie canais efetivos de comunicação com o seu público, não aquela caixinha de sugestões que nunca será aberta ou aquele formulário de contato que manda mensagens para o além. Se receber uma crítica ou sugestão avalie como este tipo de queixa pode ser evitada e como a sua empresa pode aprender com isto. E é claro: sempre responda o seu público para que ele se sinta incentivado e tenha a certeza de que é ouvido.
Agora que você já sabe um pouco mais sobre crowdsourcing, que tal colocá-lo em prática? Aqui na Ferver desenvolvemos estratégias de comunicação interna e externa que visam o engajamento de pessoas com a sua marca.