No início de maio Mark Zuckerberg anunciou algumas mudanças no Facebook e Instagram que exigirão jogo de cintura da sua estratégia de Marketing. Não é de hoje que as redes sociais do grupo passam por mudanças, mas estas devem mexer bastante na forma de se fazer negócios nas redes sociais. Ainda não há uma data definitiva para quando estas mudanças devem começar a valer no Brasil, mas a empresa já está rodando testes para implementá-las.
De acordo com o CEO do Facebook, as mudanças visam cada vez mais a um convívio de qualidade entre pessoas e cada vez menos com marcas. Como o Facebook e o Instagram são plataformas gratuitas para seus usuários a gente sabe que o espaço publicitário nas suas plataformas não será extinto, mas de qualquer forma é melhor ficar atento para conseguir falar com o seu público com o melhor custo-benefício.
De todas as mudanças anunciadas por Zuckerberg frisamos as quatro mais significativas e como elas podem impactar as marcas que anunciam no Facebook e no Instagram:
1. Novo visual do Facebook
Não se trata apenas de uma nova cara para o Facebook, mas de um indicativo dos rumos que a rede social deve tomar. A nova cara para o desktop lembra bastante o aplicativo do celular, com botões maiores. Além de inevitáveis adaptações nos tamanhos e formatos de avatar e imagem de capa para a sua página, é preciso adaptar as suas publicações. Um dos fatores que chamou bastante a atenção nesta mudança é o espaço menor para o feed de notícias (onde se concentra boa parte da publicidade hoje em dia) e maior para as pessoas, como grupos e eventos.
2. Menos feed, mais pessoas
Como mencionamos no item anterior, o feed de notícias dará espaço para as funções de grupos e de eventos, por exemplo. Com menos espaço, aumentará a briga para aparecer ali, o que possivelmente resultará em outra mudança no algoritmo para diminuir o alcance orgânico de publicações de páginas. Em contrapartida, aumentará a entrega das publicações de grupos. Sabendo disso, a sua empresa tem algumas possibilidades, como criar um grupo voltado à marca ou atuar em grupos de pessoas com perfil estratégico para aquele produto. Lembrando que páginas não publicam em grupos, então é melhor contar com o trabalho de influenciadores, que podem ser os seus clientes. Para saber mais sobre este tema clique aqui.
3. Loja virtual no Instagram
Estamos falando de um avanço em relação ao atual modelo de lojas virtuais, que redirecionam para o site. Na nova loja consumidores poderão comprar produtos diretamente no Instagram, sem a necessidade de um browser externo. Isso irá permitir que não apenas as marcas, mas também influenciadores possam marcar produtos em suas publicações e direcioná-los para a compra de uma forma mais direta. Isso irá facilitar o rastreamento de ações no Instagram, principalmente em relação ao trabalho de influenciadores. Em vez de jogar com estimativas de público e rastreadores de link, haverá mais clareza em relação ao retorno de investimento nesta modalidade de Marketing.
4. Curtidas ocultas no Instagram
O Facebook já está testando curtidas ocultas nas publicações do Instagram. Assim como nos Stories, os dados de envolvimento estarão visíveis somente para o perfil responsável pela publicação. Segundo Zuckerberg, esta medida visa a diminuir a pressão que existe pelo número de curtidas. Outro motivo é o fato do Instagram estar infestado de robôs de curtidas automáticas, o que acaba prejudicando a interpretação desta métrica. Se a medida funcionará para afastar os bots e perfis falsos só o tempo poderá dizer.
Resumindo, o Facebook e o Instagram não deixarão de ser um bom lugar para fazer publicidade. Assim como em outros meios, é preciso que as marcas se preparem e remodelem sua estratégia para continuar aproveitando o melhor que estas redes sociais têm a oferecer. O movimento do Facebook quer manter seus usuários em um ambiente mais saudável e interessante e, enquanto existirem pessoas neste ambiente, existem possibilidades de negócios nele.