Passamos por um ano visivelmente atípico. A pandemia de Covid-19 jogou para o alto os planos de muita gente e atrasou a recuperação de uma economia que engatinhava para se recompor. O Natal e as vendas de fim de ano em 2020 serão igualmente diferentes, porém, com um ano de vendas enforcadas pelo isolamento social e a ascensão compulsória do e-commerce, há motivos para olhar com otimismo para esta época do ano.

Assim como empresas e empreendedores fizeram ao longo de todo o 2020, as vendas de Natal também exigirão jogo de cintura das marcas e aquelas que entenderem o momento e se adaptarem a ele terão as maiores chances de aproveitar o período e faturar. Saiba o que esperar com estas cinco tendências mapeadas pelo Google:

1. Campanha de Natal mais longa

Você reparou que já em setembro as gôndolas de supermercados recebiam os primeiros panetones? Em outubro muitas lojas já preparavam as suas decorações e muitas pessoas já têm seus pinheiros montados em casa há algumas semanas.

Há uma explicação para isso: em um ano com uma geração tão grande de estresse, ansiedade e apreensão, as pessoas estão buscando se refugiar nas boas lembranças e sentimentos associados ao período natalino. É uma espécie de escape, de autoafago depois de um ano tão difícil.

Já os comércios, além de contribuírem com estes sentimentos, estão se antecipando na esperança de não contar apenas com a Black Friday ou com o Natal para vender. As campanhas se estendem por meses em vez de dias pontuais com o objetivo de incentivar a venda e atingir o maior número de consumidores possível. Nos Estados Unidos esta preparação foi ainda mais precoce, com 27% dos lojistas entrevistados pelo Google afirmando que já tinham começado suas vendas de fim de ano no final de agosto.

2. Mais novatos no meio digital

Esta tendência é uma consequência observada ao longo de todo o ano: o número de empresas vendendo on-line cresceu consideravelmente e em diferentes segmentos. E não estamos falando apenas de novos negócios, mas de comércios que resistiram à digitalização por anos e, por causa da pandemia, se viram obrigados a adotar esta modalidade de venda.

Da mesma forma, muitos pequenos negócios viram no digital um ambiente para impulsionar suas vendas, não precisando arcar com uma grande estrutura de loja física ou muitos funcionários. Sem esta imposição do e-commerce e do delivery, é possível que muitos destes negócios nem tivessem saído do papel ou que levassem muito tempo para se destacar.

A mesma pesquisa do Google constatou que mais de 50% dos lojistas entrevistados nos EUA tentaram uma nova modalidade de venda pela primeira vez neste ano. E isso se mostrará ainda mais intensamente neste fim de ano.

3. Clientes mais bem informados

Não foi apenas o ato de vender que se consolidou on-line, mas todo o processo de compra se digitalizou. Isso significa que os consumidores chegam cada vez mais bem informados no momento de adquirir determinado produto, até mesmo nas lojas físicas.

Aliás, as buscas por negócios locais se intensificaram neste ano. Uma pesquisa pelo Google realizada com usuários de todo o mundo indicou aumento de 100% na modalidade de busca de negócios utilizando o filtro “Próximos a mim”.

4. Compradores com propósito

Em um ano que impôs desafios a tantas pessoas e empresas, os consumidores se mostram mais propensos a apoiarem o comércio local, inclusive nas compras de Natal. Cerca de 45% dos clientes dos Estados Unidos afirmaram que pretendem fazer um esforço para comprar de pequenos negócios na vizinhança.

Mas tudo indica que este movimento não deva se restringir aos Estados Unidos. Dados do Google levantados em todo o planeta apontam crescimento de 2.000% no termo “apoiar negócios locais”.

5. Esteja preparado para algo novo, porém familiar

Pode até parecer contraditório, mas vamos explicar. Por mais que o número de clientes on-line tenha aumentado, as pessoas ainda estão em busca de algo seguro e familiar – mais ou menos como as emoções almejadas com a antecipação do Natal.

Esta diferença pode ser observada em diferentes ambientes: nas compras on-line, quase 1/3 dos clientes se mostra mais propenso a comprar de alguma marca nova. Porém, quando o assunto é comércio local, 35% dos consumidores afirmaram que só compram de lojas que já conhecem. Ou seja, há espaço para os novos e os tradicionais, o segredo é encontrar o seu cliente onde ele quer encontrá-lo.

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