A pandemia de coronavírus deve refletir ainda nas tendências de Marketing para 2021. A mudança na rotina das pessoas e o período de reclusão ao qual fomos submetidos mudou a nossa relação com as marcas e as nossas expectativas em relação a elas.

Além disso, movimentos que já estavam dando as caras no meio digital se consolidaram em 2020 e devem vir com ainda mais força no ano seguinte. O Facebook e suas plataformas têm se mostrado resilientes para continuarem relevantes ao público diante de concorrentes que aparecem pelo caminho.

No Brasil, além destas tendências mundiais relacionadas ao Marketing, a legislação passa a exigir uma forma mais responsável de lidar com informações dos clientes. Isso irá refletir em estratégias de Marketing que estarão sujeitas a um poder maior das pessoas sobre seus dados.

Para ficar por dentro das principais tendências de Marketing para 2021 acompanhe os itens a seguir:

 1. Marcas cada vez mais humanas

Os consumidores estão comprando cada vez mais com propósito. Eles não estão apenas interessados no produto em si, mas na empresa que o comercializa. A relação com as marcas deixou de ser algo atrelado predominantemente a status ou tradição e tem mais a ver com quem elas são, no que acreditam e o que defendem.

As pessoas esperam que as marcas sejam cada vez mais humanas e engajadas, com responsabilidade social e ambiental. Por isso, as empresas devem estar atentas a estas expectativas, tanto de clientes como de funcionários, e resgatarem valores humanos. Mesmo com avanços tecnológicos, deve-se sempre pensar nas pessoas e agir de forma mais calorosa e humana, tratando cada indivíduo como alguém único.

 2. Maior interação com o público

Esta tendência é uma extensão da anterior. Em uma pesquisa realizada pela Deloitte, 64% dos executivos afirmaram ter mudado a maneira como suas organizações se engajam com os consumidores para melhor responder à pandemia. Aliás, não apenas à pandemia, as redes sociais pulverizaram a possibilidade de produzir conteúdo, o que deu cada vez mais poder às pessoas e ampliou as possibilidades de interação.

Marcas que chamam o consumidor para a conversa transmitem simpatia e fazem com que os clientes se sintam parte dela. O resultado é uma comunidade de clientes engajados, fidelizados e, mais do que isso, promotores e defensores da marca.

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3. Vídeos ao vivo

As ferramentas de transmissão ao vivo já existiam há algum tempo antes da pandemia, mas é inegável o crescimento delas em tempos de isolamento social. Esta foi uma forma importante de contato entre empresas e famosos com o seu público em tempos em que as pessoas não podiam sair de casa.

Marcas embarcaram nesta empreitada e passaram a patrocinar apresentações musicais e iniciativas que envolviam este tipo de transmissão. O público se acostumou à ferramenta e se mostra mais aberto a continuar consumindo conteúdo desta forma.

4. Vídeos curtos

O “efeito TikTok” popularizou vídeos curtos, de 15 segundos ou menos, mas repletos de irreverência e bom humor. O sucesso foi tanto que o Facebook criou uma ferramenta no Instagram, o Reels, para acompanhar a onda, evitando que parte de seus usuários migrasse para o concorrente.

O Instagram passou a privilegiar este tipo de conteúdo, melhorando o alcance e disponibilizando um botão dedicado exclusivamente aos Reels. Vale a pena estudar estas possibilidades e entender qual a melhor forma de aproveitar o recurso na sua estratégia de conteúdo.

5. Integração de e-commerce com redes sociais

Pagamentos via WhatsApp e melhorias no Instagram Shopping são sinais de que as redes sociais estão cada vez mais prontas a ajudar comerciantes a vender. Até mesmo nos Stories há uma ferramenta que permite pedir refeições para entrega em casa.

O movimento já iniciou há algum tempo, mas a pandemia do coronavírus obrigou muitas empresas a venderem on-line pela primeira vez. As redes sociais acompanharam este movimento e acabaram facilitando o contato entre comerciantes e consumidores.

6. Maior responsabilidade com segurança da informação

Está em vigor desde setembro de 2020 a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), uma legislação específica quanto à segurança da informação das empresas em relação às pessoas físicas. A Lei dá mais poder aos consumidores quanto ao armazenamento de seus dados por empresas, podendo solicitar quais informações a organização tem a respeito da pessoa e até mesmo exigindo que tais dados sejam alterados ou excluídos.

Além da maior cobrança quanto à segurança no armazenamento destas informações, a LGPD deve despertar maior consciência das pessoas, que, ao serem contatadas por alguma empresa por meio de telemarketing ou e-mail marketing, poderão questionar sobre a fonte de seus dados e exigir que eles sejam excluídos. Isso deve diminuir, se não extinguir, a prática de compra de mailings frias entre empresas.

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