Após um ano atípico e de mudanças forçadas por uma pandemia, o comportamento das pessoas mudou, assim como suas necessidades. Saber o que os consumidores querem em 2021 é essencial para traçar sua estratégia de Marketing, atendimento e relacionamento de forma assertiva.
O primeiro ponto que é preciso compreender para estar aberto a este comportamento é de que a pandemia sozinha não mudou radicalmente estes desejos, mas ela pode ter agido como catalisadora de mudanças que já estavam em curso, apenas de forma mais gradativa. Um dos principais exemplos é a integração dos consumidores com o ambiente digital, que, com a pandemia, se tornou fundamental em vários aspectos da vida, como compras, entretenimento, educação e até mesmo atendimento médico.
É o tipo de mudança que se confirma como tendência e, portanto, não irá desaparecer com a virada do ano ou a imunização em massa da população. Para se preparar para 2021 e para o futuro dos negócios (que já é o presente), os profissionais de Marketing precisam abraçar a agilidade sobre a certeza, fazer da análise de dados parte do seu processo e oferecer aos clientes uma experiência mais pessoal e humana.
Estas descobertas são do Google, com base em pesquisas sobre o comportamento do consumidor conduzidas em 2020 e publicadas no site de insights da empresa, o Think with Google. Com base nestas informações, foram identificados os cinco principais desejos dos consumidores para 2021, que devem ser levados em consideração na hora de definir sua estratégia:
1. Ter controle
Entramos em 2021 com um mundo repleto de incertezas. Ao mesmo tempo em que as pessoas não podem controlar o ambiente ao seu redor, como a pandemia, as fake news, eventuais novas restrições e a distribuição de vacinas, por exemplo, elas buscam autoafirmação naquilo que podem efetivamente controlar.
Isso faz com que as pessoas busquem estar no controle máximo de suas vidas, rotinas e decisões. Buscas on-line por artigos voltados à própria casa, aplicativos de exercícios físicos e aulas on-line aumentaram consideravelmente, mostrando que mais pessoas têm adotado a autonomia para fazerem as coisas do seu jeito.
Ao analisar minuciosamente a aplicação das principais buscas, observa-se que as pessoas buscaram com mais frequência itens voltados a benefícios emocionais, como hobbies, animais de estimação e natureza. Também aumentou a busca por itens de benefícios funcionais, relacionados ao home office, cozinhar em casa e redecorar a casa.
2. Buscar equilíbrio
Embora a busca por uma vida mais equilibrada já tenha aumentado antes mesmo da pandemia, esta necessidade está mais explícita do que nunca. As pessoas continuam a negociar consigo e com os outros formas de estabelecer limites em busca de uma sensação maior de equilíbrio emocional, físico e psicológico.
Algumas das buscas que chamaram a atenção para este indicativo têm relação com aluguel de motorhomes, hospedagens mais retiradas para viagens e aplicativos de meditação, sugerindo escolhas que levem a um estilo de vida mais tranquilo.
3. Cultivar conexões
A pandemia impôs muitas restrições à possibilidade de pessoas estabelecerem e manterem laços com o mundo real. Por isso, elas passaram a buscar formas alternativas de se conectarem, priorizando uma atenção renovada àqueles mais próximos, seja emocionalmente ou fisicamente.
As buscas que evidenciam este comportamento são as relacionadas a aplicativos de interação on-line, watch parties (quando pessoas conectadas assistem à mesma programação) e por negócios locais. Algumas pessoas relataram ter se aproximado dos vizinhos, que nem conheciam muito bem antes da pandemia.
4. Melhorar o próprio lar
As restrições de sair de casa levaram muitas pessoas a repensarem o lugar onde moram. Muitas vezes utilizados apenas para descanso, os lares precisaram se tornar multifuncionais, sendo o local onde as pessoas agora trabalham, estudam a dedicam boa parte de sua alimentação e entretenimento.
Embora isso tenha levado as pessoas a investirem no conforto de casa, uma tendência que deve permanecer, os consumidores estão sedentos por formas seguras de sair de casa e aproveitar o mundo lá fora. Prova disso é o aumento de buscas por design de interiores e passeios virtuais por outros lugares, como museus e exposições.
O volume de buscas por atividades para fazer “em casa” aumentou 10 vezes de 2019 para 2020. Os aumentos mais expressivos são relacionados a hobbies e lazer, beleza e cuidados pessoais, esportes e atividade físicas.
5. Engajar-se com causas e pessoas
Em muitas partes do mundo a pandemia coincidiu com grandes movimentos sociais e a intensificação de causas como Black Lives Matter nos Estados Unidos. Mais pessoas têm se manifestado pela necessidade de mudanças. Isso tem levado consumidores a estarem mais atentos à responsabilidade social de empresas, para então comprarem seus produtos – 68% dos americanos afirmaram que este fator influencia na sua decisão de compra.
Esta tendência já era observada antes da pandemia e veio para ficar, o que exige um movimento de resposta das marcas, que devem estar mais atentas ao valor social e ambiental gerado além de seus produtos. Por exemplo, além de buscar por mercadorias, tem crescido o número de buscas mais específicas, sobre marcas que empregam minorias, que não utilizam trabalho escravo e que agem de forma sustentável.
Como agir diante das necessidades dos consumidores
Agora que você já sabe quais os principais anseios dos clientes para 2021, é hora de utilizar estas informações para satisfazer estas necessidades. Veja a seguir os principais pontos a serem observados:
1. Responda com agilidade às mudanças do mercado.
2. Proporcione boas experiências digitais aos seus clientes.
3. Ajude seus clientes a se sentirem seguros e com o controle.
4. Venda com um propósito além do lucro.
5. Entenda a diferença entre comportamentos novos e antigos e esteja atento a novos movimentos de mercado.
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